Galileu, Bacon e Descartes
Surge uma nova concepção de ‘ciência’, a partir do surgimento do Humanismo [os valores humanos acima de todos os outros valores].
Galileu Galilei [1564 – 1642], considerado o ‘pai da física moderna’, aprimora o sistema heliocêntrico divulgado[1] por Kopernik, considerado incompatível com os textos bíblicos [o ‘Almagesto’ de Ptolomeu regia a astronomia há quatorze séculos, com o aval da Igreja], que defendia o ‘Geocentrismo’. Em 1616, Galileu é acusado de heresia, e inocenta-se ao afirmar que o sistema heliocêntrico era meramente hipotético. Galileu não apenas construíra seu próprio telescópio (1609), como também aprimorou ao aparelho, passando a observar o céu todas as noites...
Em 1623 publica ‘O Experimentador’, onde contesta o conceito aristotélico da especulação, estabelecendo a Matemática como fundamento das ciências exatas. Neste mesmo ano, Urbano VIII, amigo íntimo de Galileu, é eleito papa. Galileu imagina que se iniciaria uma era de tolerância da Igreja...
Mas logo em 1633,é acusado novamente pela inquisição, condenado à prisão domiciliar e proibido de publicar suas obras.
Galileu cria um novo conceito de ciência, onde a realidade é vista como um sistema racional de mecanismos físicos. O Conhecimento é do tipo mecânico, ou seja, de relações necessárias de causa e efeito.
Francis Bacon [1561 – 1626] “O Poder Pertence a Quem Possui o Saber”.
Bacon acreditava que o avanço das técnicas e conhecimentos provocaria a grande reforma da vida humana, o que chamou de “Grande Instauração”. Em sua obra ‘Novum Organon’ [1620], investiga as causas do erro. A Crítica aos Ídolos [2]: da Tribo – as opiniões que se formam em nós em decorrência de nossa natureza humana, ou seja, as imperfeições do intelecto, que levam o homem a acreditar nos dados dos sentidos ou em aspectos da realidade que lhe são mais convenientes; da Caverna – a predisposição do intelecto de cada indivíduo, que toma seu mundo particular com sendo a verdadeira realidade, ou as opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos sentidos; do Teatro – as opiniões formadas em decorrência dos poderes das autoridades, que impõem seus pontos de vistas e os transformam em leis inquestionáveis; e do Fórum [ou do Mercado] – opiniões que se formam como conseqüência da linguagem e de nossa relação com os outros.
Contra tais ídolos, Bacon propõe o “Método Experimental”, em que não só é necessário descrever TODAS as circunstâncias em que um dado fenômeno ocorre, mas igualmente investigar as circunstâncias em que ele NÃO ocorre. É o exame detalhado dos diversos casos particulares e a relação entre eles que leva ao conhecimento. Esse método é chamado por ele de indução, com o qual contrapõe ao da ‘dedução’, de Aristóteles.
A ‘experiência’ para ele é a possibilidade de utilizar as forças da Natureza em benefício do Homem, onde desvendar o modo como os fenômenos ocorrem significa conhecer as possibilidades de manipulá-los.
René Descartes [1596 – 1650]
Com ele, o ceticismo chega a uma formulação sistemática: trata-se de examinar criteriosamente todas as coisas, a fim de descobrir nelas elementos sobre os quais possa recair alguma suspeita. Seu ceticismo é a “Dúvida Metódica”, a dúvida conduzida por um método rigoroso. Assim, dessa postura resta apenas a certeza de que o pensamento duvida e de que, para tanto, ele deve existir. Ou seja, ‘se duvido que duvido, ainda assim continuo duvidando’: “Penso, logo, existo”, significa que o critério da verdade é a evidência.
Desse modo, o ser que pensa (‘res cogitans’, coisa pensante) esta´condenado a uma existência solitária, ou à ‘certeza solitária de si mesmo’, já que o mundo não pode ser demonstrado como ‘coisa verdadeira’, já que apenas “idéias claras e distintas” se revelam verdadeiras.
[1] A teoria heliocêntrica havia sido criada por Aristarco de Samos (310 – 230 aC). Copérnico é autor do primeiro tratado sobre o tema...
[2] Gr. Eidolon, imagem...
quinta-feira, 9 de abril de 2009
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Prfessor vou ser bem sincera,num gostava muito de História não,mais eu acheei bem interessante esse seu blog,pois fala muitas coisas que as vezes explicando na sala de aula num entendo muito,maais lendo aqui com bastante atenção pude perceber que a História pode ser bem legal de se estudaar,Num é porque vc tem esse jeito legal de ser com agente q faz eu gostar,pelo contrário a forma de vc explicar e transmitir akilo q vc sabe q me faz conseguir entender,vou vir aki sempre leer seus textoos,gostei muito :) Poor/Helen Prudente
ResponderExcluirahh, Hellen, valeu! aidéia é justamente essa: mostrar q a construção do Conhecimento pode (e deve, ao meu ver) ser algo divertido. até pq, se não for assim, serve p/ quê, não é? é isso: valeu, valeu!
ResponderExcluirpsor,pôw .olha...lí os textos,e vou ser sincero,se eu pesquisasse em outros sites,sinceramente o produtor iria falar um monte de palavras difíceis e não iria intender nada....Mas eu lí esses textos cara...nosssa deu pra mim viajar nos pensamentos e refletir mesmo como é a história em pensar.
ResponderExcluirgostei mesmo,e tenho mais curiosidades de ler mais :D voltarei sempre.